
_Créditos da imagem: ChatGPT
### Recentemente enfrentei um cenário clássico (e perigoso) em ambientes Protheus legados:
* Migração do modelo **empresa = dicionário físico**
(SX1010, SX2010, tabelas por empresa, etc.)
* Para o modelo moderno: **dicionário único + segregação lógica via `??_FILIAL`**
* Mais de **1.500 fontes customizados**
* Mais de **15 empresas**
* Código cheio de regras hardcoded do tipo:
> *“se for empresa A faz isso, senão faz aquilo”*
Ou seja: terreno fértil para bugs, regressões e noites mal dormidas.
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### ❌ A abordagem óbvia (e errada)
Refatorar tudo.
Trocar código antigo por novo.
Atualizar cada `IF`, cada comparação, cada regra.
Resultado esperado?
* Erro humano
* Lógica invertida
* Regressões silenciosas
* Impossibilidade de rollback
* Auditoria impossível
Heroísmo não escala.
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### ✅ A estratégia adotada (e por que ela funciona)
A solução foi **não lutar contra o legado**, mas **colocá-lo sob controle**.
👉 Criei uma **classe de compatibilização**
* Os códigos antigos **continuam existindo**
* As regras antigas **continuam sendo usadas**
* A classe atua como um **adapter**:
* recebe a informação antiga
* devolve o valor correto no novo modelo (`??_FILIAL`, empresa lógica, etc.)
Em vez de espalhar conversões por 1.500 fontes, **centralizei o impacto em um único ponto**.
Isso é:
* Adapter / Facade na prática
* Engenharia defensiva
* Redução radical de risco
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### 🔍 Mapeamento antes da cirurgia
Antes de qualquer alteração, scripts (PowerShell) foram usados para:
* Localizar hardcodes de empresa
* Mapear includes locais
* Identificar padrões de risco
* Agrupar fontes por impacto
Nada de “achar que dá”.
Primeiro **visibilidade total**, depois ação.
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### 🧠 Por que essa abordagem é genial (sem exagero)
✔ Minimiza erro humano
✔ Permite migração incremental
✔ Facilita rollback
✔ Preserva rastreabilidade histórica
✔ Reduz custo cognitivo da equipe
✔ Transforma caos em arquitetura
Mais importante:
👉 **o sistema antigo continua “falando sua língua”**,
👉 **o sistema novo entende tudo corretamente**.
Legado não foi reescrito.
Foi **domesticado**.
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### ⚠️ Observação importante
A classe de compatibilização **não é lugar de regra de negócio**.
Ela existe para **traduzir contexto**, não para reinventar o sistema.
Disciplina aqui é o que separa solução elegante de gambiarra premium.
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### 🧱 Conclusão
Migrar sistemas legados não é sobre apagar o passado.
É sobre **criar uma ponte segura entre o que sempre funcionou e o que precisa evoluir**.
Nesse caso, abstração venceu força bruta.
Arquitetura venceu pressa.
E o legado… continuou pagando os boletos. 😉
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Se você trabalha com Protheus, ERP legado ou migrações complexas, sabe:
**quem subestima o legado, vira refém dele**.
👊
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