_Créditos da imagem: ChatGPT
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## 🚩 **Nem sempre é sobre “codar”. Muitas vezes, é sobre orientar, instruir e proteger o cliente.**
Na nossa área, costumamos ser reconhecidos como “resolvedores de problemas” — e, na maioria das vezes, isso se traduz em linhas de código, rotinas, automações e soluções técnicas.
Mas há situações em que o maior valor que podemos entregar **não está no código**, e sim em **instruir corretamente o cliente para que ele possa se posicionar com segurança diante do fornecedor da tecnologia.**
🔍 Recentemente, atuei em um caso onde a migração de uma rotina crítica do ERP simplesmente **extinguiu a compatibilidade com pontos de entrada essenciais para a operação do cliente**, inviabilizando customizações que foram construídas dentro dos padrões da própria plataforma.
Nesse contexto, mais importante do que sair “correndo para programar uma gambiarra”, foi ajudar o cliente a construir um posicionamento claro, técnico e jurídico perante o fornecedor. Inclusive, o texto encaminhado formalmente ao suporte foi elaborado por mim, e trazia um ponto fundamental:
> **“A nova rotina foi incorporada ao sistema sem a solicitação do cliente e substitui a rotina anterior sem garantir a devida retrocompatibilidade com os pontos de entrada utilizados nas customizações existentes, o que compromete significativamente a operação do cliente.”**
Aqui está o ponto-chave dessa reflexão:
✅ **Nosso papel vai muito além do código.**
✅ É também sobre garantir que o cliente tenha respaldo técnico, funcional e legal para defender seus direitos.
✅ É sobre proteger a operação dele, seja com uma solução programada, seja com uma boa orientação, um documento bem escrito ou um direcionamento assertivo.
💡 O profissional de ERP, de tecnologia e de consultoria **precisa dominar mais do que linguagens de programação.** Precisa entender também de contratos, de obrigações legais e de como a evolução de um sistema não pode, e **não deve, causar prejuízo ou ruptura na operação do cliente.**
📜 E sim, o Código de Defesa do Consumidor também é ferramenta de trabalho:
* **Art. 20:** O fornecedor responde pela qualidade e adequação do serviço prestado.
* **Art. 22:** Serviços essenciais devem garantir continuidade e qualidade.
👉 Portanto, que fique claro: **nem sempre nosso trabalho é “codar” uma solução. Muitas vezes, é orientar o cliente na defesa dos seus próprios interesses. E isso, por si só, já é uma entrega de extremo valor.**
🔗 **A verdadeira consultoria é aquela que resolve o problema — seja ele técnico, funcional ou jurídico.**
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